Domingo, 27 de novembro, 15:00
Chegamos por das 15:00 horas na Cidade do Rock.
Encontramos uma certa dificuldade para estacionar, mas no final das contas conseguimos um lugar muito conveniente: a própria Cidade do Rock.
Já estabelecidos no local do show adentramos pelo portão errado e fomos, literalmente, expulsos pela organização. Resultado: dar uma enorme volta para entrar pelo local certo.Dada volta e passados todos os problemas e burocracias ainda faltava por volta de uma hora para o “inicio” do festival.
O que fazer neste momento? Descansar. Na chamada área lounge existiam algumas enormes almofadas (pufs?) que vieram a ajudar neste celebre momento.
Bom e finalmente chegou o momento que todos esperavam: 17:00 horas, mas... um dos palcos apresentou problemas técnicos. Com isso o evento atrasou seu inicio em praticamente três horas e quem pagou o pato, além do público, foi o pessoal da Nação Zumbi que cancelou sua apresentação.
Problemas resolvidos foi dado o começo da “maratona” com os gaúchos da Cachorro Grande que fizeram um grande show misturando hits (“Dia Perfeito”, “Hey Amigo”) com a sensacional cover de Helter Skelter (de você sabe quem). Saíram aplaudidos com justiça.
Já o Good Charlote... bom este eu vi de forma bem distante, pois optei por assistir ao pessoal do Flaming Lips organizar o palco. Uma frase que resumiria a pífia sonoridade do grupo seria: “punk pop para adolescentes ‘rebeldes’, ‘darks’ de quinta categoria”.
Logo após foi a vez do insano Mike Patton e seu não menos louco Fantômas se “apresentar”. As aspas são válidas porque o que o público carioca presenciou foi algo como um ensaio onde ritmos dispares como death metal, rock, pop, bossa (e tudo mais o que fosse possível) se misturavam de forma cadenciada. A maioria chiou, mas os fãs (eu sou um deles) ovacionaram o tempo todo. Até rolaria o bis, mas a apresentação foi encurtada pelo fato do comentado Flaming Lips já estar pronto no outro palco
A apresentação do grupo de Oklahoma foi algo que nunca vou esquecer de tão emocionante que foi. A começar pelo roupas hilárias utilizadas pelos integrantes (até o papai noel estava lá). Dos lados esquerdo e direito do palco estavam várias pessoas vestidas com roupas de “bichinhos da parmalat” que não paravam de dançar. Atrás do palco havia um telão onde eram projetadas várias imagens que condiziam com as músicas apresentadas. O vocalista Wayne Coyne é um show man em termos de interação: o cara atira serpentina no público, joga confeti e enormes bolas de plástico que transitaram durante o tempo todo de lado para o outro. Infelizmente a famosa bolha que Wayne utiliza para literalmente “passar” por cima do público foi utilizada somente em cima do palco já que a apresentação do grupo fora encurtada. O repertório foi calcado em canções do grupo como “Race for Prize”, “She Don’t Use Jelly” e a linda “Do You Realize” junto a covers inusitadas de Queen (“Bohemian Rhapisody”) e Black Sabbath (“War Pigs”, esta em homenagem a George W. Bush). No final até quem não conhecia saudou a banda que deixou o palco com um gostinho de quero mais. Sensacional.
Finalmente chegou a hora de que a grande parte do público esperava: o show de Iggy Pop junto aos comparsas do Stooges. E que apresentação foi presenciada pelo público presente: Iggy realmente “toca o puteiro”, pois não para um minuto. Além disso o “cara” interage com público o tempo inteiro, simula fazer sexo com a caixa de som (hã?), deixa suas partes intimas aparecerem, chama o público para cima do palco, tocam duas vezes o hino “I Wanna be Your Dog”.... Em suma: surreal. Não tocaram “Search and Destroy”, porém isto foi um pequeno equívoco da apresentação perfeita dos papas do punk rock.
A noite para mim já estava ganha, mas ainda tinha Sonic Youth e NIN pela frente.
O Sonic Youth tinha tudo para fazer uma apresentação de gala, mas não a fizeram. Optaram por privilegiar seu curto set list de 5 músicas (ou foram 6) em Sonic Nurse (disco deveras mediano). Com se não bastasse o som estava muito baixo, quase inaudível. As tradicionais microfonias, a performance elétrica de Thruston Moore e cia. estavam lá, mas ainda sim saíram devendo. Uma pena.
Quem passou longe disso foi Trent Reznor e o seu NIN que fecharam a noite de forma ensurdecedora. Tudo estava perfeito (quer dizer quase tudo, pois fazia um frio de rachar) já que set list foi sensacional (só faltou “Perfect Drug”), o jogo de iluminação do palco brilhante e a performance de todo grupo. Abriram com “Wish” e fecharam com “Head Like a Hole”. Castigo, castigo, castigo.
Olho para o celular, totalmente esgotado de energias, e me assusto: 04:30 da madrugada de segunda – feira. Hora de voltar para casa.
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