O que é preferível: assistir um filme do Steven Soderberg ou do Quentin Tarantino? Woody Allen ou Gore Verbinski? Goddard ou Almodóvar? Ou seja: você prefere o filme cult ou o de massa. Difícil não é? Bom eu, particularmente, prefiro ambos.
Claro que é um tanto quanto satisfatório sair do cinema com a “cabeça cheia” graças a um belo filme que lhe deixa perplexo. Não no sentido de chocar, mas que leve a reflexão sobre o aspecto abordado na película. Porém assistir alguns blockbusters de vez em quando não faz mal a ninguém.
Está certo de que a probabilidade de assistir um filme cult ruim geralmente é bem menor do que a de um “arrasa quarteirão”. Um bom exemplo de que um filme de mercado pode ser, ainda sim, digno de nota é Piratas do Caribe: O baú da morte. E por muitos motivos. A começar pelo óbvio: como é dirigido para o público pré – adolescente o roteiro é bastante simples e direto (cortezia de Ted Elliott e Terry Rossio), sem inúmeros personagens ou poucos de personalidade diversificada.
Além disso a atuação de Johnny Depp, mais uma vez, surpreende. Aliás já virou clichê falar isso afinal comentar qualquer coisa sobre as atuações de Depp é chover no molhado. Satisfação garantida.
Ainda no campo das atuações até mesmo Orlando Bloom, com sua insensatez e frieza, passa batido. Já Keira Knightley (esta sim, uma promissora atriz) mais uma vez não decepciona.
A direção de Gore Verbinski que poderia ser algo prejudicial (sim, prejudicial pois alguém se lembra que ele dirigiu porcarias como A Mexicana? Não né!) não atrapalha e sim acrescenta já que visualmente é espetacular. As cenas de guerra “mar adentro” e a tripulação de Davy Jones são impressionantes.
Aliás a incursão do personagem Davy Jones é extremamente louvável: criado digitalmente Jones é um pirata com uma pinça de caranguejo no lugar de um dos braços e uma longa barba formada por tentáculos de um polvo. Maléfico e engraçado este personagem é dos pontos alto do filme.
Por fim, nesta onda enorme de filmes de grande orçamento que estão por aí (o mediano Superman, por exemplo) é gratificante sair do cinema após uma sessão deste Piratas do Caribe: O baú da morte que, assim como o primeiro, é diversão garantida.
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