
"You say you want a revolution
Well you know
We all want to change the world"
Beatles em "Revolution"
A vida inteira buscamos por realizações. Buscamos revoluções em nossas vidas, mudar o mundo ao nosso redor. Mas o que vem depois de conquistarmos nossos sonhos? Esse é o mote conflituoso de Amantes Constantes de Philippe Garrel.
O filme, que funciona, de forma indireta, como continuação ao soberbo Os Sonhadores de Bernardo Bertolucci, volta à mesma França de 1968 aonde a revolução estudantil eclode de forma violenta. A juventude tomou às ruas adotando a ideologia da "liberdade individual para todos". E não obstante é datado também nesse período o início da revolução sexual que iria culminar no verão de 1969. Todos esses fatos históricos são filtrados pela ótica de Garrel que imprimi de forma primorosa a visão de quem somente vivenciou tudo com seus próprios olhos poderia fazê-lo.
Acima comentei sobre a ponte entre Os Sonhadores e Amantes Constantes e a mesma acontece justamente por duas razões: primeiramente pelo início já que a película de Garrel começa aonde Bertolucci termina, no conflito armado entre a polícia armada e os estudantes. Segundo, pela presença de Louis Garrel, filho do diretor, que atua também no filme do diretor italiano.
Filmado totalmente em preto e branco, utilizando de técnicas oriundas da década de 60 (seja através de closes focando o rosto e as expressões dos personagens e/ou o silêncio como forma de demonstrar a angústia daqueles tempos), o diretor trás nas suas três horas de duração um filme grandioso que os acostumados aos padrões hollywoodianos de hoje nunca irão se acostumar.
Obrigatório para fãs e apaixonados pela sétima arte que permanece viva na obra de alguns diretores e Philippe Garrel é um deles.
Well you know
We all want to change the world"
Beatles em "Revolution"
A vida inteira buscamos por realizações. Buscamos revoluções em nossas vidas, mudar o mundo ao nosso redor. Mas o que vem depois de conquistarmos nossos sonhos? Esse é o mote conflituoso de Amantes Constantes de Philippe Garrel.
O filme, que funciona, de forma indireta, como continuação ao soberbo Os Sonhadores de Bernardo Bertolucci, volta à mesma França de 1968 aonde a revolução estudantil eclode de forma violenta. A juventude tomou às ruas adotando a ideologia da "liberdade individual para todos". E não obstante é datado também nesse período o início da revolução sexual que iria culminar no verão de 1969. Todos esses fatos históricos são filtrados pela ótica de Garrel que imprimi de forma primorosa a visão de quem somente vivenciou tudo com seus próprios olhos poderia fazê-lo.
Acima comentei sobre a ponte entre Os Sonhadores e Amantes Constantes e a mesma acontece justamente por duas razões: primeiramente pelo início já que a película de Garrel começa aonde Bertolucci termina, no conflito armado entre a polícia armada e os estudantes. Segundo, pela presença de Louis Garrel, filho do diretor, que atua também no filme do diretor italiano.
Filmado totalmente em preto e branco, utilizando de técnicas oriundas da década de 60 (seja através de closes focando o rosto e as expressões dos personagens e/ou o silêncio como forma de demonstrar a angústia daqueles tempos), o diretor trás nas suas três horas de duração um filme grandioso que os acostumados aos padrões hollywoodianos de hoje nunca irão se acostumar.
Obrigatório para fãs e apaixonados pela sétima arte que permanece viva na obra de alguns diretores e Philippe Garrel é um deles.
* Dupla referência. Primeira: título de uma canção do extinto Pulp, do carismático Jarvis Cocker, que versa sobre a mesma temática do filme. Segunda: antítese ao filme de Bernardo Bertolucci Antes da Revolução. Durante uma passagem do filme a personagem Clotilde Hesme indaga ao primo de Antoine (Nicolas Bridet), um pintor, se já assistiu “Antes da Revolução”, vira-se para a tela e solta num suspiro soturno: “Bernardo... Bertolucci”.
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