Páginas

20 de março de 2005

Quem tem medo de Virginia Woolf?

Medo? Não. Admiração? Sim. Escrever qualquer linha sobre esta cultuada escritora nunca foi (e nem será) tarefa das mais fáceis já que Virginia apesar de sua curta carreira (graças ao suicídio cometido em março de 1941) deixou um enorme legado ao redor do globo. Certa vez o crítico americano Joseph Warren Beach ao tentar definir a escritora disse que Woolf era "capaz de escrever romances de várias maneiras. De todas, menos da maneira tradicional". Tudo bem que seus dois primeiros trabalhos (The Voyage Out e Noite e Dia) possuam uma estrutura um tanto quanto converncional, mas foi a partir de O Quarto de Jacob, lançado em 1922, que suas obras começaram a ganhar características próprias.
Virginia possuia uma visão atemporal e a utilizava com precisão ao analisar temas recorrentes como a natureza, política, o amor, o universo feminino, a sociedade entre outros de forma totalmente inusitada. Utilizando de elementos como monólogos interiores, Woolf não só criou um novo modo se escrever como também chocou e revolucionou a sociedade na época. É difícil recomendar apenas um livro da autora, mas sua obra mais elogiada até hoje é o clássico Mrs Dolloway que demosntra um dia na vida Clarissa Dolloway. Para comprovar sua importância o mesmo já ganhou versão cinematográfica e também dá a tônica do excelente filme As Horas (adaptação do livro de mesmo nome escrito por Michael Cunningham) que conta um pouco da história da escritora e duas outras mulheres que sofreram influência do livro em épocas diferentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário