O que existe em comum entre os autores Nick Hornby, Mark Lindquist e o diretor Cameron Crowe? Inicialmente nada. Mas se pensarmos um pouco é possível traçar algumas semelhanças. Uma delas (talvez a menos óbvia) é a presença de um personagem masculino solteiro convicto em suas respectivas obras. E justamente este exemplar clássico é que dá a tônica de Flores Partidas, mais novo petardo de Jim Jarmusch (Coffe and Cigarrettes, Dead Man).
No filme Don Johnston (“com T mesmo” com afirma o personagem por várias vezes) é como disse um solteirão convicto, introspectivo, que terminou recentemente mais um namoro. Repentinamente ele recebe uma carta cor-de-rosa, que diz que ele possui um filho de 19 anos. Surpreso e curioso, Don decide então partir pelos Estados Unidos em busca do filho desconhecido. É a partir é que se iniciam os grandes momentos do filme graças a atuação mais uma vez marcante de Bill Murray (tal como em Encontros e Desencontros) que injeta doses cavalares de humor (sua grande especialidade) onde, inicialmente, não deveria existir.
Para a realização desta película Jarmusch contou também com um elenco feminino de primeira com beldades do tipo Jessica Lange, Sharon Stone e Julie Delpy que interpretam, magistralmente, algumas das ex – namoradas de Don.
Juntando todos estes elementos o diretor criou o que eu poderia chamar de uma comédia romântica (gênero que amo cada vez mais) perfeita e não sou só eu que digo isto, pois o filme ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2005.
hum...esse vc num mi chamô...
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