Dando continuidade sigo comentando o que de bacana fora lançado em 2006.
Se na lista anterior faltou o álbum clássico de 2006, eis que nesta segunda parte surge o grande candidato: Mr. Thom Yorke.
Thom Yorke - The Eraser: Já havia comentado sobre o mesmo, mas o disco ainda me fascina pela simplicidade quanto a sonoridade e aspereza quanto às letras. Um álbum comovente de um homem que ainda acredita na possibilidade de um mundo melhor. E a gente vai junto.
Strokes - First Impressions of Earth: Este já saiu a muito tempo e realmente é decepcionate. Quem achava que o disco anterior ruim (o mediano Room On Fire) descobriu que a criatividade dos nova - iorquinos começou a declinar agora. As cinco primeiras músicas são deveras boas (que coincidentemente são os singles do álbum), mas o restante de tão insoso lhe faz passar mal. Muito barulho por quase nada.
Walkmen - Hundred Miles Off: Que o documentário No Direction Home, de Martin Scorcese, mudou o mundo isto não é novidade. Mas os "filhos" deste trabalho começam a aparecer. O Walkmen agora junta - se ao seleto grupo de bandas cuja sonoridade (que neste caso era digamos "alternativa") é alterada em prol do folk rock Dylanesco. Ouça "Lousiana" e veja por que.
Primal Scream - Riot City Blues: Mais outra banda influenciada pelo documentário de Scorcese. Famosa por guinadas sonoras, agora a banda de Bobby Gillispie vai fundo nas raízes da música americana. Leia - se: folk, rock, blues e country. Deliciosamente bom.
Elvis Costello & Allen Toussaint - The River in Reverse : Dedicado as vítimas do furacão Katrina na cidade de New Orlens, Costello pegou os seus velhos comparsas (os Imposters) e uniu forças com o compositor Toussaint, tradicional músico da cidade, para a composição deste trabalho focado na sonoridade local: o R&B. E o resultado é lindo.
Raconteurs - Broken Boy Soldier: projeto dos sonhos que une Jack White e Brendan Benson, dois compositores de mão cheia. Um elo entre o Led Zeppelin e os Beatles jamais alcançado antes. Ouça "Intimate Secretary" e "Hands", dois belos exemplos.
Johnny Cash - American V: A Hundred Highways: Antes de partir desta para uma melhor Cash havia finalizado estas que são as últimas canções registradas em estúdio antes de sua morte. O tom tristonho do disco revela atmosfera carregada de um homem que não suportou viver mais separado de seu grande amor: June Carter que falecera seis meses antes. Lúgubre até mesmo na capa (que contém uma foto de Cash em P&B olhando fxamente para baixo) o álbum comove até mesmo as pessoas de coração "duro" graças ao lirismo apaixonado contido aqui.
Muse - Black Holes and Revelations: A imprensa ,em sua maioria, não gostou, mas eu adorei. Não ouviu os discos anteriores do grupo porém que o fantasma do Radiohead parece não assombrar mais. Quer dizer menos, pois a voz de Matthew Bellamy é inegavelmente similar a de Thom Yorke. Contudo este álbum é um discos mais versáteis de 2006, emulando sonoridades das mais variadas. De Depeche Mode ao Queen para se ter uma noção. Se este é o disco mediano deles imagino como será o bom. Confesso: estou com medo do Muse.
Bruce Springsteen - We Shall Over Come: The Seeger Sessions: Já havia escrito sobre as maravilhas cometidas pelo cantor aqui. E as mesmas ainda valem. Discaço!
Flaming Lips - At War With The Mystics: Também já comentado aqui, mas agora com uma ressalva: Wayne Cone é um semi - Deus dos dos indies. E tenho dito!
Ben Harper - Both Sides of The Gun: Disco duplo conceitual (que cá para nós: somados os tempos de cada um caberia em um único cd) do mais versátil cantor dos últimos tempos. De uma lado as mais belas e serenas canções compostas por ele. De outro funks e rockões enfezados para alegria da massa. Um disco que agrada a gregos e troianos com folga.
E não para por aí! Na próxima discos nacionais que você não pode deixar de ouvir.
debutamene clothdollmente falando,tocaram Born in the USA do Boss antes da gente entrar.
ResponderExcluirminha inspiração para fazer o show.