Em tempos nos quais se pode baixar o conteúdo completo de álbum (incluindo música, b - sides e encarte) compradores de discos são considerados doentes mentais. E é bem verdade.
Compradores de discos são aqueles que podemos considerar os verdadeiros apaixonados pela música, pois sabem aguardar, pacientemente, que , por exemplo, os novos discos de Bob Dylan e Skank cheguem as prateleiras na terça, mesmo sabendo que os discos já estão circulando por aí a meses.
Uma loja de discos é o ponto de encontro de pessoas que conversam horas a fio sobre o universo da música pop, mas sem planfletarismo a favor de uma banda ou outra.
São pessoas que se sentem comovidas ao ouvir uma canção de Johnny Cash sabendo que o mestre não está mais entre nós.
Que amam Morrissey, Lou Reed, Rufus Wainwright entre tantos outros (e outras), ignorando sua opção sexual.
Que assistem ao show de uma banda desconhecida e ao primeiro acorde da canção sentem conectados ao que é presenciado.
Que chora num show de Elvis Costello, se arrepia todo ao ver e ouvir ao vivo, em casa, uma versão “Man On The Moon” do R.E.M e balança freneticamente ao som de “Damaged Goods” do Gang of Four sem nem mesmo saber dançar (que é o meu caso).
Consideram que a história de Bob Dylan e Richard Nixon tem a mesma importância para a humanidade.
Que ficam felizes da vida por encontrar em vinil o segundo álbum de Elton John que contém a sublime "My Father's Gun" utilizada por Cameron Crowe no filme Elizabethtown.
Por fim, pessoas dementes que pensam que sem a música não seriam absolutamente nada já que afinal ela é tudo. Graças a Deus.
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