
Mesmo com fim do advento grunge em 1994, o movimento ainda ganhava (e ainda ganha) asseclas e eu seguia junto. Tive minha primeira (e única) banda que tocava covers de Nirvana. Não éramos os melhores, mas até que tocávamos bem. Acredito que não fomos em frente basicamente porque éramos um trio, logo depois um quarteto, de fanfarrões. Não ensaiávamos muito. Nossos fins de semana eram ocupados demais, regados a festas “rocker”(no Lapa Multishow), noitadas em botecos (no extinto Bar Rocho), shows e mais shows (de Mudhoney, Pearl Jam Cover...). Tinha a garota mais bela da escola a meu lado. Noites antológicas que perduraram por dois anos. Porém, tal como o filme de Crowe, a idade adulta chega e eu fiquei velho rápido demais. Não tenho pique para noitadas. Festas na casa de amigos abandono cedo. Shows? Assisto sentado.
Ao preparar – me para sair para mais um dia de trabalho deparo com a minha blusa xadrez “empoeirada” na guarda – roupa e resolvo lhe dar mais uma chance. Retiro os Cd’s do Caetano da bolsa e coloco alguns dos Screaming Trees, Temple of The Dog e, claro, a trilha de Singles. Tudo para tentar sentir aquele frescor daquela época.
Fico feliz ainda em saber que me arrepio da mesma forma nos primeiros acordes de “Nearly Lost You” dos Screaming Trees. Que ainda consigo ouvir Alice in Chains. Que sustento a idéia de ir algum dia ao show Pearl Jam. Mas os tempos são outros.
As obrigações da era moderna me deixam dia após dia ainda mais distante dessa era que se foi e não volta mais. Os amigos daquela época se foram. Estão ocupados demais. Quase tudo se foi. All Grow Up. Unfortunelly.
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