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1 de abril de 2007

No computador, no discman, em qualquer lugar

Avalanche de discos que tenho ouvido ultimamente:

Black Rebel Motorcycle ClubBaby 81: Unindo a urgência jovial da estréia (B.R.M.C) com a beleza poética do penúltimo trabalho, Howl, o trio norte – americano, após um período conturbado que quase culminou no fim do grupo, ainda respira e coloca no mercado mais belo disco. Ouça: “Window”

Klaxons – Myths of near future: Da série muito barulho por nada, o disco de estréia do Klaxons é uma decepção. Após um EP elogiado a expectativa acerca de um álbum cheio fora enorme. Mas o resultado soa insosso com poucas faixas dignas de nota. E a tal da new rave talvez, se depender de discos como este, nem vá para frente. A salvação talvez esteja no Simien Mobile Disco, banda de James Ford produtor desse disco. E esperar para ouvir. Ouça: "Two Receivers".

The Good, The Bad and The Queen - The Good, The Bad and The Queen: A super banda formada por Damon Albarn (Blur/Gorillaz), Simon Tong (ex – Verve), Paul Simonon (ex – Clash) e Tony Allen (lenda viva do dub) assina um trabalho diversificado por oscilar sonoridades. Dub, neofolk, pop, ska... tudo muito bem misturado pelo requisitado produtor Danger Mouse. Ouça: "80's Life".

Norah Jones: Not Too Late: O terceiro disco da cantora é seu trabalho mais autoral. Com sonoridade voltada muito mais para folk do que para o jazz e letras do mais puro romantismo Not Too Late é o remédio para corações impuros. Ouça: “Be My Somebody”.


The Stooges – Weirdness: A volta do Stooges fora muito celebrada, até por eu mesmo. Mas ao ouvir Weirdness o hype não se justifica. Tal como os Rolling Stones (para não falar de outras bandas) Iggy Pop e seus comparsas pararam no tempo. Continuam compondo como se a ideologia dos distantes anos 70 ainda prevalecesse. A letra de “My Idea of Fun” é a confirmação dessa constatação já que Iggy versa sobre um homem cuja “a idéia de diversão está matando todo mundo”. Não desejava que a banda fizesse um disco eletrônico ou qualquer coisa que o valha, mas comparado a Skull Ring, último disco solo de Pop, Weirdness é muito inferior pois em Skull Ring o cantor se renovava ao buscar novas parcerias como o Green Day, o Sum 41 e a Peaches. Em suma, como diria Renato Russo “sempre mais do mesmo. Não era isso que queria ouvir”. Ouça: “My Idea of Fun”

The Roots – Game Theory: Um dos melhores e mais sinceros grupos de hip hop dos últimos tempos está de volta. Como bem descreveu Ahmir Thompson (aka "?uestlove", baterista do grupo) Game Theory é um disco "very mature, serious, and very dark”. Diferente de outros trabalhos, mas ainda mantendo o “padrão de qualidade Roots”. Ouça: "Atonement".

Wilco – Sky Blue Sky: O fantasma daquele Wilco experimental e genioso (via A Ghost Is Born) ainda assombra Jeff Tweedy, mas nem tanto. Um tanto introspectivo e voltado para a fase folk clássica de Neil Young, Sky Blue Sky é, desde já, um dos álbuns mais importantes e belos desse ano. E que fique bem claro: Jeff Tweedy é Deus. Depois eu explico. Ouça: “Either Way”.

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