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13 de junho de 2008

Coldplay: ame-o ou deixe-o.


Ei-lo: Viva la vida or death all his friends, novo e aguardado álbum do Coldplay, está por aí para quem quiser ouvir. E... bom... pouco há para se dizer.
Primeirante, sim, é sensível a melhora quanto a sonoridade de X&Y, irregular álbum lanaçado em 2004. Porém, qual é a da banda de Chris Martin e companhia? Que eles querer ser o próximo U2 (tal como discuti em texto sobre Sam's Town do The Killers) é óbvio desde o lançamento do disco de estréia, Parachutes. Agora soar como o U2 fase Zooropa é demais (ou de menos).
Que a banda de Bono Vox é influente a gente já sabe. Mas a produção de Brian Eno puxou a sardinha demais para o lado dos Irlandeses.
E o que se pode dizer quando o próprio Eno afirma em entrevista à Rolling Stone que as letras de Martin não são lá essas coisas, que a banda é repetitiva demais e que as músicas do Coldplay são, por vezes, longas demais...
Não sou tão extremista quanto Andy Gill, guitarrista do sensacional Gang of Four, que escreveu um artigo ao jornal britânico Independent intitulado Why I hate Coldplay. Pelo contrário. Por um certo tempo a banda era unanimidade em meu cd-player. Afinal como não amar A Rush of Blood to the Head, segundo e multi-platino álbum recheado de boas canções. Ou até mesmo hits do primeiro álbum como a singela "Yellow" ou o otimismo de "Don't Panic"? Mas o desgaste criativo veio cedo demais. E após o hiato de quatro anos muito se esperava muito Viva La Vida. E o resultado não é satisfatório. Pouco pela propaganda absruda pré-álbum que dizia falsas maravilhas.
Se que bem que o Chris Martin já tinha avisado que este álbum seria um "divisor de águas"...
Usufruindo dos dizeres dos tempos da nossa ditatura, o título desta resenha é perfeitamente cabível. E neste jogo de pôquer que é o nosso cada vez mais ampliado cenário musical com zilhões de discos chegando às prateleiras dia após dia, sobre este Viva la vida or death all his friends apenas digo: eu passo.

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