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29 de abril de 2009

Conexão Vivo: últimas linhas


Chico Amaral convida Marina Machado e Samuel Rosa: Um das maiores figuras do cenário musical mineiro, Chico Amaral veio ao festival mostrar um pouco de seu trabalho autoral focado no samba/jazz e algumas de suas realizações junto a seus “pupilos” (Marina Machado e Samuel Rosa). No final a aparição surpresa de Milton Nascimento foi motivo de catarse geral.

Makely Ka convida Alexandre Lima: O mineiro Makely Ka vem aos poucos conquistando o seu espaço no cenário musical. Recentemente foi atração de abertura do show de Tom Zé em terras mineiras. Unindo a sua poesia urbana com guitarras pesadas sua banda fez um das apresentações mais significativas do festival. O capixaba Alexandre Lima trouxe o seu “Game Boy sonoro” e acrescentou sonoridades eletrônicas que casaram perfeitamente.

Porcas Borboletas convida Arrigo Barnabé e Paulo Barnabé: A sensação do cenário mineiro junto à família Barnabé foi divertidíssima. Letras engraçadas e melodias cheias de groove fizeram com que o público gastasse todas as suas energias. No final “Minha Menina” dos Mutantes com um autêntico All Star Game no palco (Otto, Curumin etc.) deixaram o Parque Municipal com um gosto de quero mais.

Enéias Xavier convida Flávio Venturini e Kadu Viana: O show era para ser do músico instrumental Enéias Xavier que tinha na sua banda de apoio, entre outros feras do cenário musical mineiro, Chico Amaral. Porém, após a segunda canção e a entrada de Kadu Viana (guitarrista) e Flávio Venturi a apresentação privilegiou o set list na obra do ex-integrante do Terço. Casais apaixonados de todos os tipos eram só sorrisos.

Patrícia Ahmaral convida Vander Lee: Grata surpresa. Indo do samba ao rock sem derrapar Patrícia surpreendeu positivamente intercalando canções próprias com covers genialmente reestruturadas (como “My guitar gently weeps” do Beatles). A presença de Vander Lee, o músico mineiro mais querido da atualidade, foi motivo de comparecimento em peso por parte do público que cantava cada um de seus versos a plenos pulmões.

Pedro Morais convida Moska: Garoto prodígio da cena brasileira o rapaz mostrou suas belas e românticas canções que agradaram geral ao público. A presença de Moska foi motivo extra para que o público devoto ao artista solta-se a voz. Resumo da apresentação: total entrosamento de público e banda. Coisa bonita de se ver.

Curumin: Dono de, a meu ver, o melhor show do festival. O baterista do Hurtmold veio com dois discos solos na bagagem (o último Japan Pop Show é obra-prima) e um repertório no qual mescla as mais diversas variedades sonoras que são impossíveis de se classificar. Agora fácil é se render o seu carisma e sua simplicidade. A presença surpresa e improvisada do rapper Renegado não deixou ninguém parado. Para quem não conhecia seu trabalho saiu de boca aberta.

Bom... assim foi o Conexão que mesmo em tempos de cancelamento de festivais em todos país (Tim Festival, Skol Beats, Motomix...) permanece Vivo e trazendo o que há de melhor no vasto cenário musical brasileiro. E que seja eterno enquanto dure.

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