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6 de abril de 2009

A contract with god or Jesus (Frank Miller) was only a son


Will Eisner é para muitos um Deus. E quem o considera assim não está exagerando. Eisner e seus personagens foi o pai de uma geração de fãs de quadrinhos. Criar a primeira chamada graphic novel (A contract with god) fora outra de seus inúmeros trunfos. Porém, seu legado não foi apenas aceito pelo público leitor como também por toda uma geração de quadrinistas veio a ser influencido pelos seus traços. Não à toa o Oscar do gênero tem o seu nome... Como se pode observar, falar sobre esse precursor, que começou a escrever suas histórias na década de 30, é algo que se pode fazer por horas a fio. E dentre um dos seus admiradores/seguidores está Frank Miller, o Jesus dos quadrinhos.
Dono de uma carreira genial Miller é o homem que restruturou a "carreira" de Batman (a elogiada fase Dark Knight é dele) e do Demolidor. É o criador das bestiais graphic novels Sin City e 300 ambas levadas ao cinemas e com grande repercursão de público e crítica. Entre tantas outras obras primas. Eis então que nasce a idéia de The Spirit.
Desde o inicio o encontro era tido como espetacular, pois de um lado teríamos um dos personagens mais clássicos das HQs (o héroi The Spirit criado por Eisner) e tendo o comando de Miller seria um sonho a ser realizado. Mas por vezes seguir os mandamentos divinos é um exercício arriscado.
Em 102 minutos de filme o que vemos é um sucessão de maneirismos e erros que prejudicam e muito a grandiosidade esperada. À começar pelas técnicas de filmagem surrupiadas/emprestadas de Sin City (co-dirigido por Miller) o que faz com a antes novidade seja vista com maus olhos do tipo "ah! já vi isso antes". Os personagens são vazios, caricatos e carentes de um caráter psicológico. No campo das atuações salvo o protagonista (interpretado por Gabriel Match) o restante do elenco repete trejeitos de atuações anteriores: Samuel L. Jackson e seu Dr. Octopus é igualzinho a 20 outros personagens maléficos que ele já fez, Scarlet está virando sinônimo de insosa. Eva Mendes e a sua sensualidade. O roteiro é fraco e superficial ao extremo. Em suma: um desperdício.
Então o encontro de pai e filho, Deus e Jesus, aconteceu. O contrato foi assinado, mas o resultado desta parceira não rendeu frutos. Deus escreveu certo, mas com linhas tortas e Miller não as interpretou muito bem. O que comprova que Jesus era realmente apenas um filho de Deus como todo nós seres humanos, pois somos passíveis de erro. E Frank Miller que então até não havia errado cometou o seu primeiro pecado: assinar a direção deste fiasco chamado The Spirit. E Deus que está nos observando do céu desde de 2005 está em ira.

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