O título engana. Afinal a expressão "é o que temos" é popularmente utilizada para entregar algo que, talvez, não agrade a quem o queira, mas o que vemos aqui nesta obra mais recente de Bárbara Eugênia é o exercício inverso, pois 3 anos após o belo, mas amargo, "Journal de Bad", a cantora retorna de forma ensolarada em seu segundo álbum.
A mudança de gravadora (o selo Oi música) e fator tempo parecem ter feito bem a moça que brada e desbrava os terrenos amorosos sem pudor. Há espaço para declarações de amor escancaradas como em "Coração", "You wish, You Get it" e a singela "Não tenho medo da chuva". Até mesmo os tropeços gerados pela vida ganha espaço em tom de auto-ajuda via "Peso dos Erros".
Apostando em outros caminhos Bárbara traz à tona o lado a rocker em "Ugabuga feelings"; canta em bom inglês (como na folk "I wonder"); se arrisca no francês "Jusqu' à la mort" e aproveita a onda revival brega resgatando o hino "Por que brigamos".
A produção precisa de Edgard Scandurra e Clayton Martins somado as participações especiais de Tatá Aeroplano, Guizado, Régis Damasceno e Pélico só abrilhantam este É o que temos. Disco para se ouvir de coração e mentes abertos.
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