Sei que estou na dívida, mas por um misto de falta de tempo e força não postei semana passada. Tentando me redimir, esta semana farei um post como o próprio título diz “curto e grosso”, entretanto sincero. Cinema No feriado passado (leia – se 7 de Setembro) estava eu sem absolutamente nada para fazer (um verdadeiro milagre) quando decidi fazer algo “diferente”: ir ao cinema. Inicialmente pretendia assistir ao filme Amor em Jogo (mais uma adaptação do livro Fever Pitch do escritor inglês Nick Hornby) mas como os comentários não foram muito favoráveis por ai, vou aguardar a versão em DVD tranqüilamente. Sem muitas opções, preferi assistir a produção independente e surpreendente Tentação. Contando com um elenco brilhante (Mark Ruffallo, Naomi Watts e Laura Dern) o filme retrata de forma primorosa o universo do casamento nos dias atuais. Tão denso quanto Closer – Perto Demais, a película apresenta uma história realista recheada de traições e diálogos pesadíssimos que chocam, em sua maioria, os puristas amorosos. Grande filme. Música Seguindo a linha discos 2005 esta semana pintaram por aqui dois discos interessantes. O primeiro foi Tourist, segundo disco dos britânicos do Athlete. Musicalmente falando o disco é tão quanto o primeiro. Entretanto, enquanto Vehicles & Animals primava pelo pop ensolarado Tourist vai fundo em camadas tristonhas inspiradas em Beck (fase Sea Change) e Flaming Lips (fase The Soft Bulletin). Simplesmente lindo. Já o aguardado disco do Coldplay decepciona. Mas calma lá! Não que o disco seja ruim, mas parece que a banda estagnou. Quem ouviu o disco anterior, o primoroso e revolucionário A Rush of Blood to the Head, poderia esperar qualquer coisa menos uma mera continuação. O defeito de X&Y está justamente ai: não difere em praticamente nada o disco anterior. Mas ainda sim (apesar de tantos pesares) o disco possui bons momentos como as belíssimas “Fix You”, “Speed of Sound” e “Square One”. Quem também, infelizmente, parou no tempo foi o pessoal do Deftones. Deftones (o disco, lançado em 2003) assim como o comentado novo disco do Coldplay não vai além das propostas do disco anterior. Quem ouviu o anterior White Pony sabe que a banda poderia fazer muito mais. Como sempre prevalece aquele famoso ditado “antes o certo que o duvidoso” a banda optou por não apresentar nenhuma novidade. Uma pena. Saindo desta tangente de decepções, quem não fica devendo é a trilha sonora de Beleza Americana que tardiamente caiu em minhas mãos graças a minha amiga Mariana. Tão boa quanto o filme, a trilha traz desde artistas da velha guarda (como The Who e Free) como também novidades de Elliot Smith (que Deus o tenha), Eels e o sempre bom Folk Implosion, banda do gênio Lou Barlow. Ótima seleção que retrata bem o espírito do filme. Quem já viu sabe do que estou falando. Outro disco que tardou a chegar em minhas mãos, mas veio em boa hora foi By Your Side clássico absoluto do Black Crowes. Aliás em ótima hora por que simplesmente quando a minha verve setentista parecia aflorar, este verdadeiro petardo chega aos meus ouvidos em doses cavalares. De “Go Faster” até “Virtue and Vice”. Essencial. Para completar ainda mais minha euforia os caras estão de volta. Alegria é pouco. Menção honrosa 1: Como vocês já devem ter visto por ai saiu a programação do Tim Festival, edição esta que periga ser a melhor de todas. Mas o melhor de tudo é que diferente das anteriores esta terá edições fora do estado do RJ. Com isso, o público mineiro terá a sua que contará com apresentações de Dr. John e Elvis Costello. O trabalho de Dr. John particularmente não conheço, mas com Elvis Costello a história é outra. Até bem poucos dias não conhecia basicamente nada da obra do mestre (salvo algumas faixas encontradas em algumas trilhas sonoras), entretanto após o anuncio da apresentação do cantor sai em busca alucinada pela vasta obra do cantor, que para minha surpresa é ótima e diversificada. Estão em alta rotação por aqui desde obras mais recentes como The Delivery Man, When I Was Cruel, North e Painted From Memory (realizada em parceria com o maestro Burt Bacharach) como também clássicos de décadas passadas como King of America e Punch the Clock. Estou contado os dias e as horas para a apresentação que será realizada no dia 25 de Outubro. Momento de leitura Estou dedicando minhas horas vagas para a leitura de Feliz Ano Velho do Marcelo Rubens Paiva que ganhei de aniversário do casal de amigos mais bacana e engraçado que conheço: Juliana e Bruno. Depois conto como é. Até agora me agradou bastante. Menção honrosa 2: após um hiato de anos a revista Bizz (que comemora 20 anos de estrada) está de volta. Depois do fim da Zero confesso que me senti bastante carente de publicações relevantes sobre o universo da cultura pop. E não é que, para minha total surpresa, a volta não aguardada finalmente chegou?. Sem mais delongas vida longa a Bizz. Olha só! E não é que este post ficou... enorme! |
28 de setembro de 2005
Curto e grosso.
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