O que Bruce Springsteen, Jeff Tweedy, Patti Smith, Tori Amos e Jeff Buckley têm em comum? Musicalmente falando? Quase nada. Entretanto, todos possuem em especial um fator fundamental: colocar a sua vida em risco em prol da música.
Não que estejam em constante ameaça, mas estes são exemplos clássicos de cantores que, literalmente, se jogam e se expõem totalmente durante a criação de uma canção. Colocam o coração à ponto de, praticamente, “sair pela boca”, tamanha a sinceridade presente em cada acorde, em letra, em cada segundo.
Hoje em dia são poucos os novos exemplos desta seleta categoria já que, basicamente, o que predomina é a indústria do “cool” na qual o ato de ser confessional em uma canção é crime hediondo.
Introdução feita, é chega a vez de falar de Grace, primeira e única obra de Jeff Buckley que infelizmente faleceu cedo e de forma um tanto quanto estranha (afogado).
Deixando este fator de lado, o disco é uma prova de amor à vida como poucos cantores alcançaram na década de 90. Um álbum de profusão temática no qual religião, amor, morte são demonstrados de forma “So Real” (nome de um das canções presentes no disco) que comove a cada audição.
Somada à voz divina de Buckley, o disco é um grande achado e, sem sombra de dúvida, um clássico de tamanha pungência e a leveza (quando ela se necessária) cuja sonoridades dispares (R&B, rock, folk, gospel, soul...) constróem uma das mais importantes obras do século passado.
Para as pessoas que, assim como eu, conheceram de forma tardia o disco (lançado há 12 anos) vai a dica: nunca é tarde para ouvir e, por que não, se apaixonar pelo grande Jeff Buckley.
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